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CUIDADOS COM O HOMEM COMO AGENTE DA MOVIMENTAÇÃO

Atualizado: 19 de nov. de 2021


Como grande parte da movimentação em canteiros de obras é operacionalizada com o auxílio do esforço humano, então segue uma apresentação de princípios que tem objetivo de cuidar do agente da movimentação.


a) Transportar pesos adequados a capacidade humana


A indústria da construção civil é caracterizada pela grande necessidade de movimentação e manuseio de materiais, sendo, essas, atividades repetitivas e realizadas, na grande maioria, de forma manual, ou seja, com esforço de operários. Partindo-se dessa frequente rotina observada em canteiros, é necessário que atenção seja dada, principalmente, pelos gestores de obras, para que os operários transportem pesos compatíveis com a capacidade humana. A desobediência a esse princípio em conjunto com a frequente repetição das atividades de transporte de cargas são indutoras de sérios riscos a saúde e bem-estar dos operários. Segundo MERINO (1996), a legislação brasileira limita em 60 kg o peso máximo que um trabalhador deve manusear e movimentar, enquanto que o método NIOSH desenvolvido nos Estados Unidos em 1980, sob iniciativa da National Institute for Ocupational Safety and Health, estabelece como limite máximo 23 kg.


b) Prover pega adequada


A grande maioria das movimentações em canteiros de obra exige o esforço físico dos operários, implicando, assim, na frequente necessidade do uso das mãos. Uma forma de facilitar esse manuseio é através da utilização de pegas adequadas, ou seja, prover alças, ressaltos e encaixes para as mãos. Porém, não só prover pega facilita o manuseio. É necessário que ela tenha características que promovam certo conforto as mãos. Assim, recomenda-se que o encaixe ou ressalto sejam compostos por material compressível e não derrapante. Já para alça, além das características do encaixe e ressalto, é de fundamental importância que apresente formato cilíndrico.


c) Utilizar a mão como um todo para empunhar materiais


A forma mais adequada e confortável de se manusear materiais com uso das mãos é utilizando-as como um todo, evitando, sempre que possível, o uso somente dos dedos. A área da pega deve ser a maior possível, utilizando sempre a palma das mãos e a base dos dedos, promovendo, assim, uma melhor acomodação da carga ao corpo humano e, consequentemente, redução de fadiga e ocorrência de possíveis acidentes. A aplicação deste princípio, em conjunto com o de prover pega adequada, torna o manuseio menos desgastante para as mãos do trabalhador


d) Usar braços estendidos


Durante a movimentação de cargas os braços devem ser utilizados, quase que exclusivamente, para segurá-la, evitando, sempre que possível, que sejam usados para levantá-la. A posição mais recomendada para os braços é estendida, promovendo, assim, uma menor fadiga dos músculos.


e) Empurrar ao invés de puxar


Ao se movimentar uma carga, seja por meio de rolamento ou tombamento, deve-se procurar empurrar ao invés de puxar, uma vez que, ao empurrá-la, o peso do corpo do trabalhador atua como contrapeso, facilitando e ajudando no deslocamento. Além disso, o trabalhador se põe sempre de frente ao movimento da carga o que implica aumentar o campo visual e evitar possíveis acidentes.


f) Colocar as cargas em equilíbrio e simétricas em relação ao corpo


Ao se transportar cargas em equilíbrio e simétricas em relação ao corpo evita-se o desequilíbrio postural e sobrecarga de algum grupo muscular. Um exemplo de aplicação deste princípio pode ser observado em atividades de movimentação de galões (baldes) de tintas.


g) Colocar cargas sobre os ombros ou cabeça


h) Transportar a máxima quantidade de cada vez


Sempre que possível, o trabalhador deve transportar a máxima carga de cada vez, no entanto não se esquecendo de obedecer, também, ao princípio de transportar cargas compatíveis com a capacidade humana. Ao se aplicar este princípio tem-se um ganho de produtividade durante a atividade de movimentação, pois se minimiza o número viagens. Porém sua aplicação extremada em atividades repetitivas e em discordância com o princípio de transportar cargas compatíveis com a capacidade humana pode levar, ao longo da atividade, a perda de produtividade e fadiga da muscular.


i) Facilitar a carga e descarga


Ao se por em prática este princípio pode-se ter um ganho de produtividade e reduzir o desgaste e fadiga do trabalhador, uma vez que, ao se facilitar a carga e descarga, o esforço físico utilizado na atividade de movimentação e manuseio será disponibilizado, quase que exclusivamente, para o transporte propriamente dito. Um exemplo de aplicação deste princípio é observado em atividade em que tanto o carregamento quanto o descarregamento de cargas é auxiliado por outro trabalhador. Outra maneira de facilitar a carga e descarga é aproveitar bancadas e alturas com o objetivo de auxiliar a elevação e deposição da carga.


j) Substituir o esforço humano por equipamentos ou máquinas simples


Carregar, elevar, puxar, empurrar, deslizar, arremessar, tombar e rolar são ações rotineiras em atividades de movimentação e manuseio de cargas com utilização de força muscular, porém, sempre que possível, devem ser substituídas ou auxiliadas por máquinas simples, buscando, assim, substituir o esforço humano por equipamentos de transporte. Não só substituir implica na obediência correta a este princípio. É necessário que a utilização dos equipamentos de movimentação de cargas esteja adaptada ao trabalhador. Ao se praticar este princípio, além de se evitar o desgaste e fadiga do trabalhador, se ganha em termo de produtividade. Este princípio é observado em movimentações de cargas com auxílio de carrinhos de mão, giricas e carrinhos porta pallet.





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