No âmbito da visão prevencionista, podemos dizer que a Percepção é uma ferramenta de cunho individual que pode e deve ser utilizada para identificar os riscos existentes nos diversos ambientes nos quais nos inserimos ao longo da vida e principalmente nos ambientes de trabalho e atividades externas a estes.
O conceito de Percepção deriva do termo latino percepto e refere-se à ação e ao efeito de perceber ou percepcionar (receber através de um dos sentidos as imagens, impressões ou sensações externas, ou compreender e conhecer algo). Nós, seres humanos, possuímos cinco sentidos fundamentais que são nossas ferramentas naturais para percepção, as quais nos proporcionam a interação com o ambiente no qual estamos inseridos. São eles: audição, olfato, paladar, tato e visão.
Risco é a possibilidade, elevada ou reduzida, de alguém sofrer lesões ou danos provocados por um agente, uma situação ou uma condição de risco presente em sua atividade ou em seu ambiente de trabalho.
Por ser individual, o nível de percepção pode variar de pessoa para pessoa, porém ela pode e deve ser instigada para se tornar uma prática habitual ou um automatismo voltado para identificação de possíveis situações de risco ou potencialmente perigosas no ambiente de trabalho e atividades externas a estes, as quais podem causar acidentes ou doenças. Exemplo: Ao chegar em seu local de trabalho faça sua prática de percepção: visualize todo local, focalize seus sentidos, principalmente o da visão; no piso, nas paredes, no teto, no mobiliário, nas máquinas e equipamentos, no comportamento das pessoas e no funcionamento geral do local.
Adotando esta prática você pode identificar situações inseguras e riscos diversos em seu local de trabalho como: cheiro característico que indique vazamento de gás que pode causar de incêndio e explosão; piso molhado que pode causar quedas de pessoas; mobiliário com quinas pontiagudas, mal posicionado ou obstruindo a passagem de pessoas, o qual pode causar arranhões ou cortes; instalações elétricas sobrecarregadas por muitos equipamentos ligados ao mesmo tempo com uso de adaptadores, que pode causar curtos circuitos e incêndios, e etc,
A prática diária e contínua da percepção tende a gerar um nível de comportamento automatizado e preventivo que fará com que o servidor possa antecipar e precaver-se dos riscos de acidente em serviço, da mesma forma com que automaticamente utilizamos nossa percepção em situações do dia a dia. Exemplo: ao atravessar uma rua, ouvir e visualizar os dois lados da via para identificar a aproximação de um carro ou ainda, o simples fato de observar e sentir o clima de manhã antes de sair de casa para ver se está frio ou chuvoso para identificar a necessidade de vestir uma blusa e de utilização de um guarda-chuva.
A percepção também pode ser instigada preventivamente para aguçar os sentidos das pessoas de forma coletiva, através de equipamentos e dispositivos de sinalização utilizados para alertar ou advertir quanto à presença de risco ou situações de emergências que possam existir no local de trabalho, como: placas, sirenes, sistemas de iluminação a até mesmo táteis.
Estes recursos são de extrema importância, pois além de facilitarem a percepção dos servidores que já estão ambientados com seus ambientes de trabalho e suas atividades, eles serão as principais ferramentas para alertarem e advertirem usuários, visitantes e demais frequentadores desses locais, que não estão familiarizados aos riscos ali existentes.
Perceber é necessário! Fique atento ao cenário em sua volta, apure seus sentidos para identificar riscos existentes ou que possam existir em suas atividades ou a sua volta. Entre em ação para identificar e se precaver contra eles. Não se exponha e não permita que outros se exponham.
Cuide de você, cuide dos outros e deixe que cuidem de você!
Fonte: https://www.segurancadotrabalho.ufv.br/como-perceber-os-riscos-de-acidente-no-ambiente-de-trabalho/
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